E chegaram à montanha
do meio-dia
Elevaram-lhe o coração
como um ninho
para o mundo
E crucificaram-no ali,
as palmas das mãos
Tingiram-se de sangue sob
os cravos
Os pés enfim
descansariam
E os seus lábios então
silenciosos
Rejeitaram a mirra com
o vinho, viu
Lançarem dados para
dividir os seus vestidos
A sua respiração
rasgava ainda o peito nu
Já na morada dos seus
olhos a luz débil
E viram-no como ovelha
vigilante
Na hora de morrer,
subiu como raiz
Da terra sequiosa, sem
beleza
Rumo a Deus.
27/03/2018
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Papéis com apontamentos de um percurso de cinquenta anos de pensamento evangélico, desde 1964. Este Blog não respeita o Acordo Ortográfico
Friday, March 30, 2018
UMA PAIXÃO SEGUNDO MATEUS
Wednesday, March 07, 2018
MULHER
“Fragile,
opulenta donna, matrice del Paradiso”
Alda
Merini
Não és assim tão frágil como dizem
Aqueles que espreitam ainda através
Das árvores do Paraíso, depois de tudo
O que se passou és um grão de dor
Nos olhos de Deus, o teu sexo fraco
- ainda dizem, É mais forte do que o nosso
A maravilha é que tu sabes chorar
E são as tuas lágrimas que ainda regam a terra.
07/03/2018
©
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